terça-feira, 15 de novembro de 2011

Noctivago

Atravessando a galáxia de madrugada
Neons conspiram a meu esquecer
A canção noturna foi tocada
A lua dedilha notas declassés
Enquanto o mundo acorda para a vida
O nascer do sol mostra-me o amadurecer

Gatos pardos dançam nas sombras
Meu barco ébrio vai além
Corre por cima de águas escuras
Levando-me para longe do meu ser
O sol nasce trazendo-me o tédio
Lembrando-me da vida que esperam de mim

A aldeia urbana fecha suas ocas
Caminho sozinho a procura do lar
Olhar o pôr do sol após loucas viagens
Sem saber onde quero chegar
E quando o céu fechar suas cortinas
Um novo mundo nascerá da escuridão

                                         (Moonlight Rider)

domingo, 4 de setembro de 2011

Tinta Eterna

" Não poderia dizer que isso é um diário,
se a tinta com a qual rabisco essas linhas
é feita com sangue que esvai quando abro meu coração.
 Será que meu caminho é esse,
 ter um coração de tinteiro?
Mas o que farei quando a tinta terminar?"

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fronteiras

Fronteiras separam rebanhos
Rebanhos de ovelhas contentes
Tosquiadas e devoradas por seus pastores
Sem se importar em ser caçadas

Lobos as exploram
Em busca de cada vez mais sangue
As ovelhas não se importam em ser sacrificadas
Pois sacrifícios saciam a fome do pastor

Os lobos continuam a persegui-las
E o pastor que não lhes protege
Dá suas ovelhas para os lobos
Pois teme o ataque da alcatéia

sábado, 2 de julho de 2011

A Piada Humana

É incrível como algumas situações parecem apenas piadas de mal gosto...
Mas quem será a audiência de tal teatro macabro?


 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Veneno Humano

De um passeio profundo por densas florestas já sobrevivi
Toda minha vida aprisionado nas mais profundas masmorras
Sobrevivendo à companhia das mais hostis serpentes
A forca seria preferível, pois o veneno ainda está em mim...

Da liberdade condicional prazeres lícitos me foram privados
Do fundo do inferno interior os cães dilaceram minha alma
Enquanto ambições me perseguem como abutres zombeteiros
Talvez o veneno já tenha me matado e eu ignoro...

A amarga essência da morte já sinto
Talvez o veneno seja eu mesmo
Pois ando de cova em cova sem achar meu espaço
Tropeçando em erros que jurei me desviar

Não posso culpa-los por minha sina
Não posso obriga-los a respirar meu veneno
Como um peregrino, nasci para andar sozinho
Só posso lhes dizer adeus...

                                                (Moonlight Rider)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Conto: Aos Olhos do Gato

“Consegui, a vida eterna, pela graça dos deuses!” declamava o louco e decadente médico Eiseinholtz, no interior de seu rústico e repulsivo exílio nas soturnas montanhas do leste.  “Nem a morte temo, pois logo estarei próximo de ti, Ulsharah!”, declamava, como que para uma amante.
     Ulsharah, deusa da imortalidade, descoberta por Eisenholtz, nas páginas de um estranho livro antigo, que ele obteve em uma de suas viagens como médico voluntário em uma pobre e supersticiosa tribo do sul, onde cuidara de um misterioso ancião, tombado por uma misteriosa doença.
     Os voluntários se perguntavam que tipo de família teria abandonado seu progenitor a própria sorte de maneira tão cruel. Ávido por novidades e curioso que era Eisenholtz se ofereceu para cuidar do velho, ansioso para descobrir a cura para aquela doença. Passaram-se semanas, e Einsenholtz passara a ser evitado pelos nativos, tal como se carregasse a sina do ancião consigo.
     Passou-se meio ano, e enfim o ancião falecera, tombado pela doença que há tanto anos o torturara. Embora o sepultamento tenha ocorrido conforme as tradições, seu cadáver fora roubado, e Eizenholtz fora acusado por uma jovem aldeã, devido a sua afinidade com o falecido, além das suspeitas de ter sido flagrado recitando um mantra proibido, mas, devido à falta de provas, fora apenas advertido.
      Daí se data o inicio de sua decadência, quando o Dr. Eisenholtz é expulso da colônia, devido ao sumiço de animais da região. Mesmo com a ausência de provas, seu superior o expulsa, temendo a opinião pública.
       A sua esposa fora a primeira da vila a reparar na sua repentina mudança de hábitos.  Ele abandonara a igreja, antes cristão devoto. Faltava ao trabalho e gastava a maior parte de sua indenização em livros e objetos esotéricos.
       Passado um ano, sua mulher deixa a casa, indo morar com os pais, e Eiseinholtz convidou de vez a loucura para junto de si. Estranhas encomendas chegavam sem cessar à sua porta, e estranhas pessoas passaram a frequentar a sua casa. Não o suficiente, passara a ser acusado de violar túmulos e surrupiar livros da biblioteca.
      Não suportando as perseguições, ou apenas para levar adiante sua loucura, Eisenholtz vendera sua casa na cidade, se mudando para uma isolada cabana nas montanhas, voltando para a cidade apenas para a compra de suprimentos, ou mais livros e objetos.
      Adquiriria por último um exemplar de capa negra, com inscrições em língua morta, comprado de um cigano. Passou quase um ano esculpindo a estátua de uma peculiar deusa, denominada Ulsharah. Fogueiras eram acesas mensalmente e animais eram comprados com destino duvidoso.
      Seu ultimo animal fora um negro gato. Com seus grandes olhos verdes e ar onipotente, o animal era visto lado a lado com Eisenholtz nas suas raras visitas a cidade. Mas certo dia o felino fora encontrado morto, faltando-lhe os dois olhos. Imaginava-se quem poderia ter cometido tamanha crueldade.
      Juntando seus conhecimentos de medicina à magia negra, Eisenholtz montou um laboratório de aberrações em seu porão, além de uma farta biblioteca em um dos quartos. “Ulsharah, aceite tal sacrifício como retribuição à dádiva a mim fornecida.” Embora corresse pelos campos declarando que havia conquistado a vida eterna, seu aspecto havia piorado muito desde a última vez que havia sido visto. Seus olhos estavam saltados, mostrando a falta de noites de sono, e emagrecera, dando a si um aspecto cadavérico e subumano.
      Certa noite, Eisenholtz pegara seu livro negro, e tirara um misterioso pacote do laboratório. Eram os olhos do gato. Há meses estava alucinado com os olhos de gato. O que eles vêem tão intensamente no escuro? Logo entenderia tudo. A imortalidade já não lhe bastava. Queria ver além de um mísero humano. Só assim se sentiria um ser digno da graça de Ulsharah.
      Por longas horas, urros de dor e satisfação foram ouvidos por todo o vale. Passou se uma semana, e Eisenholtz apareceu novamente. Mas estava diferente. Seus olhos, antes escuros, se tornaram claros e profundos, como duas esferas de cristal. Mesmo seus estranhos empregados começaram a sair da propriedade, como se uma grande praga estivesse por vir.
      Apesar dos poucos empregados restantes, estranhos preparativos estavam sendo feitos, tal como uma futura celebração. Um estranho círculo de pedras rodeou a casa, e em uma sábado de lua cheia uma altiva fogueira subiu ao céu. Os animas da cidade ficaram estranhos, cavalos ficavam agitados ao passar perto do monte, e os cães antes serenos ficavam agressivos, de olho na lua. Ironicamente, um grande grupo de gatos subia em direção ao ritual, como convidados para um casamento.
      Eisenholtz dançava em volta do círculo, e dizia para seus empregados, que não necessitavam fechar os olhos, afinal apenas os olhos de gato teriam o dom de apreciar tamanha beleza. Enfim, ignoro qual tenha sido sua última visão, que o levara a enlouquecer e se enforcar na biblioteca, não antes de incendiar sua casa junto com toda sua plantação. Um gato ficara em cima de uma das pedras, olhando as chamas, tal como se estivesse sorrindo.
      Esta foi à última vez que vi meu patrão Eisenholtz, que por curiosidade ou pena tenho acompanhado até seu trágico fim. O morro onde vivia ainda é evitado, e segundo testemunhas, UMA AGONIZANTE MASSA DISFORME E PRIVADA DE RETINAS AINDA VAGA POR AQUELE LUGAR.

       
FIM
                                                                                            (Moonlight Rider)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Morto-Vivo

Aprisionado no ventre da moral e da dúvida
Vejo meus sentimentos me corroerem pouco a pouco como ratos de calabouço,
E sempre que esfolo minhas mãos escavando uma saída desse tártaro
Deparo com a chave pendurada me transmitindo um brilho de esperança
Mas no fim essa luz não passa de um mero reflexo da luz do sol
Que jaz há muitas léguas no horizonte...

Eu preferiria ter sido sepultado junto com os ossos de todos meus sonhos
Ou ter sido afogado nesse poço escuro, seria um fim preferível,
Agora definho nesta ilha, como um sobrevivente de um naufrágio
Cujas esperança que me destrói é ao mesmo tempo o que me mantém vivo
Mas a dama que aguarda volta desse soldado não é nada mais que a sombra de um pensamento, e casa que o espera é apenas a prisão de que ele sempre escapou...

                                                                                                                          (Moonlight Rider)

domingo, 22 de maio de 2011

O Vigia do Universo

Você pode ver o universo,
Que existe dentro de você?
O mundo é um lugar tão grande
Por que você quer ser tão pequeno?


Neste mundo há muitas pessoas
Pessoas que são diferentes de você
Não há apenas um mestre a seguir

Quebre as correntes, do seu coração

Se você pode ter o horizonte
Por que não quebrar essa parede?
Olhe para trás daquela montanha
Diga-me, o que você pode ver?
 

Cada um de nós é um universo
Não se esconda atrás de uma porta moral
Se você pode tocar o céu
Tente correr, tente voar


Nós viemos a este mundo
Vamos descobrir a partir do corpo e da alma
Há muitos mistérios em uma rua deserta
Ponha seus óculos e vamos ver


Você pode queimar como o fogo
Brilhar como a lua
Assista o nascer do sol
Amanhã pode nunca chegar


Todos os caminhos são iguais
Você nunca saberá qual o certo
Gire em volta de si mesmo
Aprenda a ler, com outros olhos

  
                          (Moonlight Rider)

terça-feira, 17 de maio de 2011

O Ressoar das Asas do Pássaro Negro

Atrás daquela montanha ainda voa aquele pássaro maldito
Que de cujas asas eu andei cuidando por muito tempo
Ainda ouço o ressoar de seu canto macabro
Torturando meus tímpanos, para que sua voz seja a única a ser ouvida

No interior daquele vale ainda canta o maldito pássaro
Que por muito tempo tenho alimentado
E pretendo cortar suas asas
Para que ele não voe mais adiante

Queria que esse pássaro voltasse de onde veio
O mundo dos vivos nunca foi seu lar
Por pura ingenuidade tenho o alimentado
Acreditando que um dia ele pudesse cruzar o oceano
E conquistar de vez o horizonte....


                                                                            (Moonlight Rider)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Triste Pensamento de um Coração Partido em um Momento de Solidão

Queria que meu coração se tornasse em pedra
Assim poderia afundá- lo na imensidão do oceano
E esqueceria sua imagem que está gravada dentro dele

Queria que meu sentimento se convertesse em cinzas
Assim poderia espalhá-lo ao vento
E talvez não seria mais obrigado a carregar esse peso

Queria que uma chuva de meteoros destruísse esse jardim
Assim as rosas que você plantou seriam mortas
E suas queimadas raízes jamais brotariam novamente

Queria que meu coração se enchesse de vazio
E que um frio antárctico o envolvesse
Assim você não suportaria mais residir em seu interior

Queria que você fosse apenas um sonho bom
Que eu pudesse esquecer no fim da tarde
Assim, meu mundo de sonhos voltaria a ser livre

Queria me tornar um ser frio e sem alma
Assim minha presença lhe traria repulsa
E eu deixasse de carregar esse fardo sem destino

Queria de uma vez por todas trancar meu coração
Assim eu asfixiaria tudo que ainda vive aqui dentro
E o gás tóxico de sua decomposição aniquilaria
Qualquer semente que quisesse brotar novamente...

                                                                    (Moonlight Rider)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Em Cima do Muro Social

Em cima desse mural social
Observamos ambos os lados
Tantos caminhos, tantas portas
Muitas acabam por cair no mesmo lugar.


Pessoas fazendo coisas que nunca fariam
Andando com companhias que lhe trazem repulsa
Seres que não conhecem seus  próprios corações
Universos inexplorados por seus próprios viajantes


Tantos sentimentos bons se tornando ruins
Apenas estão mostrando o que realmente somos:
Meras criaturas pertencentes a lado algum...

                                                          
                                                        (Moonlight Rider)

sexta-feira, 25 de março de 2011

A Coisa na Soleira da Porta

Sentado na soleira de uma casa qualquer
Observando as sombras que vão e vem de algum lugar
É apenas mais um objeto semimorto, sem vida e inerte
Pouco se importa se está morto ou se deseja estar

Os peões apenas continuam representando em seu show de marionetes
Que cada vez mais procurando reflexos em uma imagem adulterada
Seguindo sempre a mesma estrada programada, pagando o pedágio
Se preocupando apenas em manter suas máscaras sociais


Mas continua em  seu quarto escuro procurando refúgio
A coisa se encontra com uma viola na mão e versos na cabeça
Tentando fugir de um mundo que lhe trás repudio
De um mundo que lhe trás incertezas


Apenas esperando os dias chegarem um a um
As horas passarem em sua cama, apenas com seus pensamentos 
Esperando as miragens se tornarem paisagens
E as pessoas voltem a se tornar pessoas


Mas em um deserto há apenas miragens....

                                                           (Moonlight Rider)

sexta-feira, 11 de março de 2011

O Fantasma Enterrado nas Ruínas

Escondido neste casulo sombrio
No fundo desse soturno oceano
Esperando que o som de sua voz me ajude a criar asas
E essas asas me ajudem a sair deste buraco

Repousando em trevas eternas
Cuja única luz é um vaga lume ao longe
E aguardando até que o vaga lume te guie
Eu estarei dormindo aqui

Como um fantasma do passado
Um ser que clama imcompreendido
Com um desejo atroz de reencarnar
Estarei esperando aqui

Como um enigma esperando ser decifrado
Submerso pela areia do tempo
Em um templo maia de mil anos
Estarei esperando aqui

Como os corais que jazem presos
No perverso e escuro fundo do mar
Aguardando pelo raio de luz
Estarei esperando aqui

Até que seu planeta e o meu se encontrem
Em um eclipse centenário
Ou que um buraco negro me transporte para sua galáxia
Eu esperarei aqui...

                                                                    ( Moonlight Rider)

sexta-feira, 4 de março de 2011

O Pirata Cósmico II

Viajando pelos neons da noite
Trafegando como um cometa sem rumo,
O pirata cósmico sai em busca de sua estrela cadente
Sem medo do risco de ficar preso na órbita de uma galáxia distante

Ele já não tem medo dos fantasmas que assombram Marte
Ou da poeira cósmica que polui outros universos
Pois ele descobre que buracos negros não passam de portas que se abrem
Apenas átomos corrompidos pela força de um desejo egoísta

O pirata cósmico retorna ao seu mundo, tendo como companhia a exaustão
E a súbita esperança de que um grão de areia não tenha abduzido a Terra
Sua única ambição é que as coisas retornem ao seu lugar de origem
E que a natureza siga novamente o seu curso...
                   
                                                                                               (Moonlight Rider)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sobre a Chuva

" Pode ser estranho, mas eu gosto da chuva.
Gosto de sentir os pingos sobre meu rosto, eu considero uma das 
poucas vezes em que podemos nos sentir próximos da natureza dentro desse gigantesco presidio de concreto.
A chuva renova as coisas, purificando a alma corrupta da metrópole, e também ajuda a lembrar o quanto os humanos e suas grandes realizações são insignificantes diante da força natural do universo. "

                                                                                                        (Moonlight Rider)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Pirata Cósmico

Eu queria ter mais uma vez
As asas que eu tive quando era criança
Assim eu poderia voar
Para o mundo dos sonhos novamente

Eu tentei ser pirata
E aprender a me guiar pelas estrelas
Mas mesmo os corpos celestes ficam em órbita
Quais as minhas chances na imensidão desse mar?

Eu icei as velas
Agora esperarei pelo vento
Pois mesmo se eu soubesse o caminho
Eu não poderia parar a tempestade

Por favor, me mostre o caminho
Eu não tenho tesouros para pagar passagem
E se não tenho asas para tocar o céu
Como enxergarei o horizonte atrás da montanha?
                                                                                           (Moonlight Rider)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Prisão de Gelo

Sentado em uma escada qualquer nessa cidade cinza
Observando a lua inerte nesse céu nublado
Contando os carros que passam no asfalto cinzento
Olhando para os casais que passam na outra calçada
Sentindo meu espírito ser despedaçado ao lembrar
Que eu e você nunca vamos ficar daquela maneira
Desejando que seus olhos atravessassem a minha alma
E enxergassem o que realmente sinto por você

Perco horas de sono navegando em outra dimensão
Procurando a ilha do tesouro onde poderia encontrar
O lugar, a maneira e o momento certo 
Até tentei enterrar meus sentimentos no fundo de um lago congelado
Mas o gelo sempre derrete ao ver o refletir do sol em seu sorriso

Passei horas do dia correndo em verdes campos ao seu lado
Vendo o brilho de seus olhos me guiarem ao fim da escuridão
Mas ao acordar vejo apenas o abismo de meu quarto frio
Esperando que um dia você me salve dessa prisão de gelo

                                                                              (Moonlight Rider)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Animal Acorrentado

Caminhando pela rua
Sombras seguem meu caminho
Sem tempo para chorar
Sem tempo para ser livre

Acorrentado entre quatro paredes
As mordaça  não me deixa ver o caminho da luz
Sendo caçado e perseguido
Com meu corpo respirando a mentira

Em uma jaula de regras
Lutando para se libertar
Escolhendo o próprio caminho
Para sair do purgatório
(crucificado e torturado)

Preso em julgamento
Respirando a hipocrisia
Soltando as correntes
Imaginando asas para ser livre

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Além das Galáxias

Ah, se eu pudesse
Viajar além das galáxias
Desvendar os segredos do universo
Recriar o eclipse em um verso

Desvendaria os segredos 
Que atormentam o multiverso
Navegaria nas órbitas dos cometas
Descobrir as formas de vida mais diversas

Seria um mago universal
Buscaria as respostas que corrigiram a humanidade
Revelaria nos sonhos a verdade mundial
Descobrir quem inventou a crueldade

Enxergar o que há nos sonhos mais infantis
A magia que há em um horizonte nublado
Ver o que torna as nuvens tão sutis
Ver se realmente há alguém do meu lado

Enlouqueceria com as ideias vindo à tona
Seria mais um sábio incompreendido
Ao acordar em um realidade monótona
Com o desejo de viajar através de um átomo

                                                                           (Moonlight Rider)